quinta-feira, 12 de novembro de 2009

TUNA?! Será que eu é que ando enganada?

Mais um dia de morrer... Tudo o que queria era chegar a casa, vestir algo confortável, e estender-me na cama. Mas algo falou mais alto e lá puxei a cadeira, levantei o monitor e liguei-me.

Mails... Muitos...

Há que começar numa ponta! Decidida, lá cliquei no primeiro. Link para o YouTube, título sugestivo, música portuguesa, TUNAS! Qual não é o meu espanto quando, em palco, estão quatro ou cinco músicos, um deles atrás de uma bateria, e dois solistas. Reformulo, e dois vocalistas! Sim, vocalistas, porque não havia mais ninguém a cantar! Afinal, se aquilo é uma TUNA, onde estão os outtros elementos?

Para tirar as dúvidas, lá fui eu ver outro vídeo da mesma "tuna". Ah! Afinal são mais! Afinal até são muitos! Mas há algo de errado... Não, não é da qualidade musical que, devo dizer, é bastante superior ao de muitos grupos que por aí andam. O que será? Será do maestro, à frente da tuna, a dirigir vozes e instrumentos, instrumentos estes separados do resto da "tuna"? Bem, há músicas em que realmente é necessário alguém à frente, não censuro. E que bonito, aquela bandeira, bamboleando com os passinhos ao ritmo da música...

Má? Eu? Não! Confesso! Não gosto de tunas, gosto apenas da minha tuna! Vá, as outras tunas têm que existir, senão como ganhávamos prémios em festivais? Com quem bebíamos uns copos e tocávamos umas músicas, trocávamos ideias?

Tunas de Liceu? Claro! Completamente a favor! Até porque as que ainda existem, têm mais anos de existência que muitas tunas do ensino superior, o que traz consigo muitos anos de história. Elas próprias tiveram a sua importância no mundo das tunas académicas!

Tunas de Universidades Sénior? Fazem-me arrepios... Parecem-me uma espécie de rancho folclórico, onde envergam uma espécie de traje académico, ou só uma capa, que até têm pandeiretas e bandeiras mas, claro, devido à falta de elasticidade por parte dos executantes, não são usados da mesma forma. Não censuro. Até porque não sei se um dia, quando tiver mais rugas que o cão da 5 à Sec, não estarei também por lá...

O que chateia verdadeiramente é chamarem TUNA a um grupo de gente, neste caso a maior parte até é gente nova, que fazem os passinhos ao ritmo da música, onde há um desgraçado a segurar num pau com uma bandeira, outros a tocarem e pronto... Ainda quanto ao traje, ou à capa, apenas deixo a questão: Será que sabem qual o verdadeiro significado do traje, de uma capa, e o que o seu uso implica?

Retrógada? Sim, posso até ser, mas fico indignada com este tipo de coisas. Ora dêem um saltinho à Wikipédia e digam-me se tenho, ou não, razão!

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